sexta-feira, 27 de agosto de 2010

A história do ballet

O ballet clássico é o desenvolvimento e a transformação da dança primitiva, que baseava-se no instinto, para uma dança formada de passos diferentes, de ligações, de gestos de figuras previamente elaborados para um ou mais participantes. A história do ballet começou há 500 anos atrás na Itália. Nessa época os nobres italianos divertiam seus ilustres visitantes com espetáculos de poesia, música, mímica e dança. Esses divertimentos apresentados pelos cortesãos eram famosos por seus ricos trajes e cenários muitas vezes desenhados por artista célebre como Leonardo da Vinci. O primeiro ballet registrado aconteceu em 1489, comemorando o casamento do Duque de Milão com Isabel de Árgon. Os ballets da corte possuíam graciosos movimentos de cabeça, braços e tronco e pequenos e delicados movimentos de pernas e pés, estes dificultados pelo vestuário feito com material e ornamentos pesados. Era importante que os membros da corte dançassem bem e, por isso, surgiram os professores de dança que viajavam por vários lugares ensinando danças para todas as ocasiões como: casamento, vitórias em guerra, alianças políticas, etc. Quando a italiana Catarina de Medicis casou com o rei Henrique II e se tornou rainha da França, introduziu esse tipo de espetáculo na corte francesa, com grande sucesso. O mais belo e famoso espetáculo oferecido na corte desses reis foi o "Ballet Cômico da Rainha", em 1581, para celebrar o casamento da irmã de Catarina. Esse ballet durava de 5 a 6 horas e fez com que rainha fosse invejada por todas as outras casas reais européias, além de ter uma grande influência na formação de outros conjuntos de dança em todo o mundo. O ballet tornou-se uma regularidade na corte francesa que cada vez mais o aprimorava em ocasiões especiais, combinando dança com música, canções e poesia e atinge ao auge de sua popularidade quase 100 anos mais tarde através do rei Luiz XIV. Luiz XIV, rei com 5 anos de idade, amava a dança tronou-se um grande bailarino e com 12 anos dançou, pela primeira vez, no ballet da corte. A partir daí tomou parte em vários outros ballets aparecendo como um deus ou alguma outra figura poderosa. Seu título " REI DO SOL", vem do triunfante espetáculo que durou mais de 12 horas. Este rei fundou em 1661, a Academia Real de Ballet e a Academia real de Música e 8 anos mais tarde, a escola Nacional de Ballet. O professor Pirre Beauchamp, foi quem criou as cinco posições dos pés, que se tornaram a base de todo aprendizado acadêmico do Ballet clássico. A dança se tornou mais que um passatempo da corte, se tornou uma profissão e os espetáculos de ballet foram transferidos dos salões para teatros. Em princípios, todos os bailarinos eram homens, que também faziam os papéis femininos, mas no fim do século XVII, a Escola de Dança passou a formar bailarinas mulheres, que ganharam logo importância, apesar de terem seus movimentos ainda limitados pelos complicados figuri>no. Uma das mais famosas bailarinas foi Marie Camargo, que causou sensação por encurtar sua saia, calçar sapatos leves e assim poder saltar e mostrar os passos executados. Com o desenvolvimento da técnica da dança e dos espetáculos profissionais, houve necessidade do ballet encontrar, por ele próprio, uma forma expressiva, verdadeira, ou seja, dar um significado aos movimentos da dança. Assim no final do século XVIII, um movimento liderado por Jean-Georges Noverre, inaugurou o "Ballet de Ação", isto é, a dança passou a ter uma narrativa, que apresentativa um enredo e personagens reais, modificando totalmente a forma do Ballet de até então. O Romantismo do século XIX transformou todas as artes, inclusive o ballet, que inaugurou um novo estilo romântico onde aparecem figuras exóticas e etéreas se contrapondo aos heróis e heroínas, personagens reais apresentados nos ballets anteriores. Esse movimento é inaugurado pela bailarina Marie Taglioni, portadora do tipo físico ideal ao romantismo, para quem foi criado o ballet "A Sílfide", que mostra uma grande preocupação com imagens sobrenaturais, sombras, espíritos, bruxas, fadas e mitos misteriosos: tomando o aspecto de um sonho, encantava a todos, principalmente pela representação da bailarina que se movia no palco com inacreditável agilidade na ponta dos pés, dando a ilusão de que saía do chão. Foi "A Sífilde" o romantismo o primeiro grande ballet romântico que iniciou o trabalho nos sapatos de ponta. Outro ballet romântico, "Giselle", que consagrou a bailarina Carlota Grisi, foi a mais pura expressão de período romântico, além de representar o maior de todos os teste para a bailarina até os dias de hoje. O período Romântico na Dança, após algum tempo, empobreceu-se na Europa, ocasionando o declínio do ballet. Isso porém, não aconteceu na Rússia, graças ao entusiástico patrocínio do Czar. As companhias do ballet Imperial em Moscou e São Petersburgo (hoje Leningrado), foram reconhecidas por suas soberbas produções e muitos bailarinos e coreógrafos franceses foram trabalhar com eles. O francês, Marius Petipa, fez uma viagem à Rússia em 1847, pretendendo um passeio rápido, mas também tornou-se coreógrafo chefe e ficou lá para sempre. Sob sua influência, o centro mundial da dança transferiu-se de Paris para São Petersburgo. Durante sua estada na Rússia, Petipa coreografou célebres ballets, todos muito longos (alguns tinha 5 ou 6 atos) reveladores dos maiores talentos de uma companhia. Cada ballet continha danças importantes para o Corpo de Baile, variações brilhantes para os bailarinos principais e um grande pas-de-deux para primeira bailarina e seu partner. Petipa sempre trabalhou os compositores e foi Tchaicowsky que ele criou três dos mais Importantes ballets do mundo: a "Bela Adormecida", o "Quebra-Nozes" e o "Lago dos Cisnes". O sucesso de Petipa não foi eterno. No final do século ele foi considerado ultrapassado e mais uma vez o ballet entrou em decadência. Chegara o momento para outra linha revolucionária, desta vez por conta do russo Serge Diaghilev, editor de uma revista de artes que, junto com amigos artistas estava cheio de idéias novas pronta para colocar em prática. São Petersburgos porém não estava pronta para mudanças e ele se decidiu por Paris, onde começou por organizar uma exposição de pintores russos, que foi um grande sucesso. Depois promoveu os músicos russos, a ópera russa e finalmente em 1909 o ballet russo. Diaghilev trouxe para a audiência francesa os melhores bailarinos das Companhias Imperiais, como Ana Pavlova, Tamara Karsaviana e Vaslav Nijinsky e três grandes ballets sob direção de um jovem brilhante coreógrafo Mikhail Fokine, a quem a crítica francesa fez os melhores comentários. Os russos foram convidados a voltar ao seu país em 1911 e Diaghielev formou sua própria Companhia, o "Ballet Russo", começando uma nova era no ballet. Nos dezoito anos seguintes, até a morte de Diaghilev, em 1929, o Ballet Russo encantou platéias na Europa e América, devendo a sua popularidade à capacidade do seu criador em descobrir talentos novos, fragmento-se depois por todo o mundo. No momento atual as peças de ballet são cheias de variedades e contrates. Trabalhos antigos como "Giselle" e o mundo inteiro ao lado de outros, como os baseados em romances de Shakespeare e ainda criações recentes assinadas por coreógrafos contemporâneos e dançadas também por bailarinos do nosso tempo. Qual será próximo passo? Na sua longa história, o ballet tomou muitas direções diferentes e, por ser uma arte muita viva, ainda continua em mudando. Mas, apesar das novas danças e das tendências, futuras existe e existirá sempre um palco e uma grande audiência para os trabalhos tradicionais e imortais

Ballet

Ballet

O ballet clássico dá uma excelente postura, muita elegância e delicadeza, além de desenvolver a musculatura e a flexibilidade.O trabalho de maneira disciplinada não só ajudará você a conseguir muitos progressos em dança, mas também servirá de apoio em outras áreas de estudo, preparando-o de um modo geral, para vida no futuro.

No ballet, a maior parte dos termos técnicos são mencionados em francês. Por isso, para os alunos e alunas, as primeiras aulas teóricas ou práticas podem se tornar um paredão por desconhecimento da língua francesa. Mas aquilo que parece uma dificuldade maior ¾ e que este dicionário pretende amenizar ¾ acaba se transformando em uma facilidade maior, pois durante a evolução da sua educação ou até mesmo da sua carreira, quando deseja e pode dirigir o seu aprendizado para o exterior, todos poderão seguir as aulas ou os comandos dos ensaios, por que a língua usada continuará a ser o francês. Os professores em qualquer parte do mundo, usam os mesmos termos em francês. Isto é, o francês é a língua internacional do ballet.

Além disso, este novo dicionário apresenta uma longa série de ilustrações que acompanham os principais termos usados no ballet e começa com a ilustração das principais posições codificadas dos pés, dos braços, do corpo e das direções ou alinhamentos do corpo na sala ou no palco.

Este novo dicionário inclui, também, um resumo da história do ballet clássico e os principais nomes do Brasil e do mundo que fizeram parte dessa História.

Finalmente, devemos acrescentar que este novo dicionário de forma alguma substitui o professor ou a professora de ballet, figuras que merecem todo o nosso respeito e que, na maioria dos casos, constituem autênticos modelos de dedicação à arte suprema da dança.

¾ "Anna Pavlova"

HISTÓRIA DO BALLET

A dança nasceu com o Homem que sempre procurou dançar em situações festivas ou religiosas, mas o ballet, tal como é reconhecido hoje, surgiu na Itália no final do século XV, mais precisamente em 1489 no casamento do Duque de Milão com Isabel de Ararão. Depois, o ballet foi levado para França por Catarina de Médicis por ocasião do seu casamento com Henrique II. Em 1581, ela criou o Ballet Cômico da Rainha, para festejar o casamento da sua irmã. A França transformou-se, então, no grande palco do ballet mundial. Em 1661, foi fundada a Academia Real de Dança e, em 1713, a Escola de Dança da Ópera. O próprio Rei Luiz XIV, já em criança, começou a ter aulas de ballet e, aos 12 anos, fez a sua primeira apresentação na corte. Seu primeiro professor foi Pierre Beauchamp. Por volta de 1830, começou a época do ballet romântico, com as criações magistrais de Marie Taglioni (A Sílfide) e Carlota Grisi (Giselle). No final da era romântica, o centro mundial do ballet passou de Paris para S. Petersburgo, na Rússia. O coreógrafo francês Marius Petipa viajou e fixou-se para sempre naquele país. Serge Diaghilev fundou a era do ballet moderno e criou a sua própria companhia. Surgiram bailarinas e bailarinos lendários como Karsavina, Pavlova, Nijinsky e Fokine. Estava criada a Escola Russa de Ballet que, depois da Primeira Guerra Mundial, fomentou a sua expansão por todo o mundo e, principalmente, em Londres e em Nova York. Na Inglaterra, criou-se o Sadler’s Wells Ballet e, nos Estados Unidos, o Ballet Theater e o New York City Ballet. A partir de 1956, o Bolchoi de Moscou transforma-se em sensação mundial, com as lições de Vaganova, em S. Petersburgo. No Brasil, a primeira apresentação do ballet clássico foi realizada no Real Teatro de São João, no Rio de Janeiro, em 1813, um espetáculo dirigido por Lacombe, mas, só um século depois, com as apresentações das companhias russas de Diaghilev e de Pavlova, também no Rio de Janeiro, já no Teatro Municipal, o ballet brasileiro deslanchou definitivamente. Criou-se em 1927 a Escola de Dança do Teatro Municipal onde se formaram, entre outros, Berta Rosanova, Leda Yuqui, Madeleine Rosay e Carlos Leite. Mais tarde, outros nomes surgiram como Dalal Achcar e Márcia Haydée. Vaslav Veltchek dirigiu outra escola em São Paulo de onde saíram Alexander Yolas, Juliana Yanakieva, Raúl Severo, Aurélio Milloss, Tatiana Leskova, entre outros. Márcia Haydée e Ana Botafogo conseguiram grande expressão internacional. Entre as obras brasileiras de ballet que mais se destacaram, temos: Uirapuru, O Garatuja, O Descobrimento do Brasil, Maracatu de Chico Rei e Salamanca do Jarau.

O balé ou balê (do italiano balletto, pelo francês ballet), é o nome dado a um estilo de dança e a sua performance. O termo deriva do italiano ballare que significa bailar. Os princípios básicos do balé são: postura ereta; uso do en dehors (rotação externa dos membros inferiores); verticalidade corporal; disciplina; leveza, harmonia e simetria.

História

Ballet
Representação de um Balé perante Henrique III e sua Corte, na Galeria do Louvre.(folio, Paris, Mamert Patisson, 1582.)

O casamento da italiana Catarina de Médicis com o Rei Henrique II da França em 1533 deu um importante impulso para o desenvolvimento do balé. Diversos artistas especializados em grandes e luxuosos espetáculos foram trazidos da Itália. Em 1581 Catarina de Médicis produziu o nomeou Charles Louis Pierre de Beauchamps para tomar a frente da instituição que foi dissolvida em 1780.

Os chamados balés de repertório Coppélia, de Léo Delibes, O Pássaro de Fogo, de Igor Stravinsky, O Quebra-Nozes de Marius Petipa e O Lago dos Cisnes de Marius Petipa e Lev Ivanov,ambos com música de Tchaikovsky.

  • O dia da Bailarina é comemorado em 1º de Setembro !